por Dani Duarte

10 de julho de 2007

Inesperado final!


Assim que saí do trabalho meu celular tocou. Era uma amiga convocando um encontro da turma, já que fazia algum tempo que isto não acontecia. Fiquei meio sem saber se iria, estava cansada demais mas acabei topando. Bateu saudade de assentar num bar com as amigas e jogar conversa fora. Chegando lá fiquei meia hora pra estacionar, me deu um pouco de falta de paciência mas fazer o quê, já estava lá. Pegamos uma mesa bem no fundo pois era a única que comportava oito mulheres barulhentas que não se reuniam a uns dois meses. Estava tudo indo bem. Muitas risadas. Lembranças da nossa época de adolescentes. Do primeiro porre. Do primeiro namorado. Assuntos variados. Quando de repente, entra um homem de terno, mais ou menos 1,80 de altura, olhos brilhantes que refletiam todas as formas de luz que haviam no lugar. Claro que meus olhos foram direto nas mãos dele. Não tinha aliança e nenhum vestígio de qualquer tipo de compromisso. Bom sinal. O cara era simplesmente lindo. Dei uma sondada pra ver se era só eu ou o bar inteiro tinha tido a mesma impressão daquela beldade. Estranho, ninguém tinha reparado naquele monumento que passou por mim, em câmera lenta, e assentou na mesa ao lado. Melhor assim. Voltei então ao assunto que rolava na mesa e que eu nem sabia mais qual era... Continuamos as nossas conversas só que agora eu estava diferente, falava em um tom mais alto. Gesticulava mais. Mexia mais no cabelo. De vez em quando olhava de rabo de olho pra averiguar se estava tudo sob controle. Resolvi ir ao banheiro, assim poderia ser notada naturalmente já que ele parecia nem olhar para o lado. Fui uma vez e nada, ele continuava sua conversa super intertido com os amigos. Fui a segunda vez e nada também, desta vez a garçonete estava parada bem na frente do homem que conseguiu tirar minha atenção e me fazer esquecer que estava morta de cansada horas antes de chegar naquele lugar mágico... Resolvi dar um tempinho nas minhas idas ao banheiro para não parecer que eu estava tendo algum probleminha grave... Depois de uns 40 minutos resolvi expor minha figura novamente, indo ao banheiro pela terceira vez, quando ele e seus companheiros pediram a conta. Nesta hora bateu o desespero. E agora nunca mais vou ver essa pessoa perfeita. Decididamente ele é o homem da minha vida e vou deixa-lo ir embora assim? Mas o quê que eu posso fazer? Dar uma de “vem cá eu te conheço” e ir lá perguntar seu nome, telefone, endereço, email e msn?. Ou pedir à garçonete que lhe entregue meu cartão com todos os meus dados? Mas minha razão falou mais alto, pare de ser louca e encare os fatos, não dá para fazer nada numa situação como esta. É melhor deixar que o destino se encarregue de armar um novo encontro entre os vocês dois... E ele se foi... Meu coração ficou no chão. Voltei para casa cabisbaixa. Desiludida de dar dó. O melhor mesmo era esquecer. Chamei o elevador e nada, estava preso na garagem de baixo. Pensei, que saco estou morta de cansaço, doida para tomar um banho e cair na cama pra esquecer que encontrei o homem da minha vida e deixei ele ir embora, e este elevador ainda vai parar em todos os andares??? Foi quando o elevador se abriu. Eu já preparada pra xingar a mãe, o papagaio e o periquito quando dou de cara um homem de terno, mais ou menos 1,80 de altura, olhos brilhantes que refletiam todas as formas de luz que haviam no elevador... Isto mesmo o gato do barzinho... Ele com muita educação me pediu desculpas por prender a porta e se apresentou como novo morador do prédio. Como assim, meu vizinho!!! Que destino é este!!?? Nossa conversa no elevador foi rápida mas foi tempo suficiente para combinar um jantarzinho de boas vindas com o homem da minha vida! Definitivamente ontem não foi mais um dia normal, teve um quê de inesperado no final!!!!

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